Capítulo de hoje: Levítico 2

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Neste capítulo, temos o tratamento com ofertas de cereais, que a Bíblia nomeia como “oferta de manjares”. O hebraico desta oferta se chama minhah, que originalmente representava um presente dado a um superior. Esse termo já tinha sido utilizado nas situações entre Esaú e Jacó (Gn 32:13) e também entre os irmãos de José quando foram presenteá-lo (Gn 43:11). Quando Israel estava deixando o Egito, o significado era de uma oferenda de homenagem a Deus.

Assim como havia ofertas queimadas públicas e particulares, também existia oferta de manjares da mesma forma. Dentre as ofertas de manjares públicas, o pão da proposição era a principal. A cada sábado era posto na mesa, no primeiro compartimento do santuário. A oferta do pão era elaborada com 12 bolos, feitos cada um com 2,4 kg de farinha. Estes eram colocados em 2 pilhas, com 6 pães cada uma.

Esta oferta era oferecida de duas maneiras: ou o sacerdote as cozia, ou já recebiam cozida. Os ingredientes eram “flor de farinha e azeite”. Não era utilizado fermento. Era separada a porção “memorial” e era queimada sobre o altar. A parte restante era de Arão e sua família, e era considerada coisa “santíssima”. (verso 10)

Quanto à flor de farinha, o Comentário Bíblico Adventista, Volume 1, página 777, nos diz o seguinte: “A flor de farinha representa o trabalho do homem, seus talentos consagrados e aperfeiçoados. A farinha é apenas o grão triturado. Antes de ser moído, o grão era capaz de perpetuar-se, de transmitir vida; porém, depois de moído, torna-se aparentemente inútil. Jamais poderia ser plantado outra vez, pois a vida nele foi esmagada. Mas seria isso inútil? Não. O grão deu a sua vida, morreu para que outra vida fosse mantida. Dar a própria vida é o meio pelo qual uma vida mais elevada se perpetua. A morte o enriqueceu, glorificou-o e o tornou útil ao homem. Poucas vidas são de valor real e permanente até que sejam feridas e esmagadas. É nas experiências profundas e escuras da existência que as pessoas se encontram com Deus. É quando as águas cobrem a alma que o caráter é construído. Tristeza, decepção e sofrimento são servos competentes de Deus. Os dias escuros trazem chuvas de bênçãos, possibilitando à semente a germinação. É assim que ela cumpre a sua missão e produz frutos”.

Que possamos aprender a nos despojar, inclusive em momentos de dificuldades, para que Deus destrua o que existe mal em nosso caráter, e possamos renascer diariamente como servos de Deus, obedecendo a Sua lei e fazendo a Sua vontade, como consequência de uma vida transformada pela graça perdoadora de Cristo Jesus, amém!

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