Capítulo de Hoje: Êxodo 31

Neste capítulo, vemos o chamado de Deus para Bezalel e Aoliabe, para a construção do tabernáculo.

Vemos aqui que Deus chamou Moisés para passar todas as instruções para construir o tabernáculo, mas apontou ajudadores para conduzir a obra. Bezalel era o líder, e Aoliabe era seu assistente. Com certeza, eles tinham experiência prévia e talento, ao que Deus prometeu capacitá-los ainda mais. Assim, estariam habilitados completamente para a obra santa. Deus somente chama pelo nome aqueles a quem pede um serviço especial.

Eles tinham a função, não apenas de elaborar os projetos, mas realiza-los. Um detalhe importante: embora Moisés tivesse recebido detalhes de como construir o tabernáculo e a mobília, certos detalhes não lhe foram ditos, como a forma dos querubins, o desenho dos tecidos. Muito dependeu da iniciativa, invenção gosto e arte de Bezalel e Aoliabe.

Aoliabe era da tribo de Dã, e outro detalhe interessante, é que Hirão, o principal artista empregado por Salomão para fazer a ornamentação do templo era também descendente de Dã (2Cr 2:13 e 14).

Qualquer artista, qualquer que seja a sua arte, tem dentro de si mesmo um talento natural. Isso é meio óbvio. Quando usamos estes talentos para Deus, viramos fonte de bênção no trabalho que Deus nos indicar a fazer. Porém, quando colocamos nosso ego e desejos pessoais à frente, isso pode resultar em depravação moral, pela exaltação própria. Isso não quer dizer que não nos cause satisfação pessoal usar nossos talentos para a obra do evangelho, pelo contrário. Não devemos confundir o objeto com Deus. Jamais devemos “adorar a adoração”. E talentos podem ser vários. Desde recepcionar bem alguém; um belo sorriso; um “bom dia” verdadeiro. Jesus era carpinteiro, onde se dedicou ao trabalho físico em Nazaré. Paulo, por outro lado, tinha como sustento a fabricação de tendas (At 18:1 a 3).

Estes dois servos de Deus também foram responsáveis por mandar elaborar as vestes do sumo sacerdote, com o manto azul, a estola, o cinto da estola e o peitoral, bem como as outras vestes sagradas (ver Êx 28).

Um outro fato interessante é o lembrete renovado da guarda do sábado. Não é por que é um trabalho sagrado que se tinha autorização de transgredir o santo dia do Senhor. Isso é a confirmação da grande importância do sábado, pois nenhum outro mandamento do decálogo é mencionado desta forma. A consequência da transgressão, nesta orientação específica, era a morte, pois a sua quebra significava uma quebra de confiança gravíssima. O sábado, assim como a circuncisão, era uma aliança, um sinal de harmonia entre Criador e criaturas. Atos de benevolência, misericórdia, necessidade, ou de observância religiosa não são proibidos neste dia! (Mt 12:1 a 3; Mc 2:23 a 28). O repouso relatado no sábado é das atividades seculares (Êx 35:2; Lv 23:3; Is 58:13). O fato de que “Deus descansou” (verso 17) não significava que Deus estava cansado. Seu desejo era colocar na mente dos adoradores a necessidade de seguirem Seu exemplo. Não há melhor razão para seguir a Deus do que caminhar nas suas pegadas (Jo 13:13 a 15; 1Pe 2:21).]

Deus tinha dito a Moisés qu a arca no santíssimo tinha que conter o “Testemunho”, ou seja, a santa lei de Deus. Como a arca era o objeto mais sagrado do tabernáculo, nenhuma outra mobília seria mais adequada para abrigar as duas tábuas da lei, que foram escritas sobrenaturalmente (Ex 32:16). As duas tábuas se juntavam como um livro, e estavam no coração do tabernáculo, como exemplo para habitar eternamente nos nossos corações!

Beijo no coração, e desejo uma boa leitura e reflexão 😉

André Almeida

Deixe um comentário