Capítulo de Hoje: Êxodo 30

O capítulo 30 do livro de Êxodo é subdividido em 5 partes:

1. O altar do incenso

2. O pagamento do resgate

3. A bacia de bronze

4. O óleo da santa unção

5. A composição do perfume

                É ordenado que Moisés construa um altar de incenso, que era um costume muito antigo entre vários povos. Na Bíblia, significa a oração que ascende do altar do coração até Deus. Este altar era semelhante ao altar do holocausto, embora fosse menor e de material diferente. Tinha 44,5 cm de comprimento e largura (ou seja, era quadrado) e 89 cm de altura. Tinha chifres, que significam “poder”. Neste caso, representando o poder da oração (ver Gn. 32:24 a 30 e Lc 18:3 a 8).

                O altar ficava no lugar santo, junto ao “véu”. Embora estivesse no lugar santo, considerava-se que o altar de incenso pertencia ao santíssimo (Hb 9:3 e 4). O incenso oferecido ali não apenas enchia o lugar santo, mas ascendia e passava por cima do véu para o santíssimo (ler Êx. 26:32). Ensina que a oração nos leva à presença de Deus.

                O incenso devia ser oferecido duas vezes ao dia: pela manhã, e pela tarde. Representava intercessão perpétua do mesmo modo que o altar do holocausto representava expiação contínua (o texto sugere isso). Nos ensina que a cada dia devemos nos aproximar de Deus em oração.

                Este capítulo trata também da função do altar no dia da expiação (10º dia do 7º mês) em que o sumo sacerdote colocava com seu dedo o sangue do sacrifício nos chifres do altar. O altar de incenso assumia o lugar do altar do holocausto. De todas as mobílias, somente a arca com o propiciatório era considerada de mais importância e santidade que o altar do incenso. Isso sugere o quanto Deus valoriza a oração.

                O versículo 14 nos mostra que a idade que o israelita atingia a sua virilidade era de vinte anos, ou seja, estava elegível para o serviço militar (2Cr. 25:5), estando apto para a cidadania, inclusive, o pagamento de imposto para o santuário. Ambos, ricos ou pobres, pagavam o mesmo. É claro que quem podia, e sentia, pagava mais.

                Sobre a bacia, não é revelado seu tamanho ou forma. Apenas que era de bronze, feita dos espelhos que as mulheres de Israel deram em oferta voluntária (Êx. 38:8). Era para lavar as mãos e os pés, que simbolizava uma reforma de vida. Devido ao trabalho no santuário exigir o manuseio com sangue em vários serviços, a necessidade da água se fez um tanto óbvia. E este “lavar” não era brincadeira. O verso 20 deixa bem claro qual era a punição (sem spoilers).

                As especiarias tinham um papel importantíssimo na vida dos povos antigos, e existiam vários tipos. Os objetos do tabernáculo deveriam ser ungidos primeiramente: o próprio tabernáculo, a mobília do lugar santíssimo e do lugar santo e a mobília do átrio. A unção dos sacerdotes ocorria depois (Lv. 8:10 a 12). Quando Arão e seus filhos serviam em local específico e santo, os sacerdotes eram ungidos para servirem ali. Arão era ungido primeiro, depois eram ungidos os sacerdotes.

                Não era perfume para o corpo. Era de uso sagrado (ouviu, Boticário?). A proibição e castigo relacionados ao óleo da unção (v. 32, 33) se aplicavam também ao incenso.

                Esta coluna não substitui a sua leitura diária da Bíblia. O objetivo dela é auxiliar você a compreender melhor as Escrituras, de acordo com livros de apoio, e não com a opinião pessoal deste mero escriba 😉 Para tanto, foi (e estará sendo) utilizado o Comentário Bíblico da IASD, juntamente com outros livros de Ellen G. White, entre outros.

Boa leitura! Amanhã tem mais!

André Almeida

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