Tradições

Conhecida no meio gospel, uma cantora audaciosa decidiu gravar uma música chamada Tradições. É necessário, porém, saber qual a representação que essa palavra carrega. Para alguns, por exemplo, ela traz um sentimento negativo no meio religioso. Já para outros, pode representar um padrão que deve ser seguido à risca. Percebe-se, portanto, que há uma disputa ideológica. Quem tem razão: os cristãos liberais – os que não são fariseus – ou os cristãos conservadores – os que são fariseus? Qual o perigo das duas ideologias ou não há dano nesse confronto? É importante afirmar que onde há opressão, há resistência. Quem oprime quem? Quem resiste a quem?

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“Que sofrência!”

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“Que sofrência!”, diria um desavisado que lesse rapidamente o título de nosso estudo semanal sobre a vida profética de Jeremias desta semana. Sofrência é um termo que não pertence a nenhum dicionário da língua portuguesa, por que esta palavra simplesmente não existia há pouco tempo atrás. Porém, devido à grande repercussão popular de um bregão rasgado de uma forma de fazer música, esta palavra ficou em destaque.

Sofrência é, na verdade, um neologismo (ui) da língua portuguesa, formado a partir da junção das palavras “sofrimento” e “carência”, e possui um significado similar ao da expressão popular “dor de cotovelo”. Mas, nessa semana, o que estudamos sobre Jeremias se assemelha a uma “dor de cotovelo”? Vamos um pouco mais profundo que isso? Reserve. Continuar lendo

Matando o profeta

A lição dessa semana nos trouxe um tema muito importante, um tema que infelizmente tem se repetido em nossos dias tanto quanto nos dias de Israel. O jovem Jeremias foi chamado por Deus para levar mensagens fortes a um povo desviado. Aliás, precisamos ver a pessoa do profeta não como alguém que simplesmente prevê o futuro, mas, principalmente, como alguém designado por Deus para alertar, repreender e ensinar Seu povo escolhido. Continuar lendo

A corda

Todo mundo sabe o que é uma corda. Mas, ao pensar no que escrever, resolvi ler no dicionário a definição desse objeto, pois gosto muito de ver os significados das palavras. Segundo o Dicionário Online de Português corda é “um conjunto de fios torcidos juntos que formam uma peça resistente de aplicação variada.” Posso dizer que um fio sozinho não é uma corda, tão pouco garante resistência, porém um conjunto de fios podem ser usados para inúmeras coisas. Continuar lendo

Cisternas rotas

Leitura biblia

No Amazonas, há uma palavra que só de ser mencionada traz riso aos ouvintes, chama-se: gambiarra. Com certeza em outros lugares também devem usá-la com o mesmo sentido que os amazonenses, mas pelo menos em Manaus ela é bem frequente.

A gambiarra trata-se de um artifício, engenhoca ou técnica incomum que substitui um objeto específico em uma situação de emergência. Em geral, o importante não é se a gambiarra tem uma estética boa, e sim se ela funciona. Você consegue pensar em exemplos de gambiarras?

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Estudando mais Jeremias

Há pontos muito interessantes na Lição da Escala Sabatina dessa semana. É óbvio que o conhecimento da Bíblia é infinito, no entanto desejo pontuar algumas questões que nos permita olhar sob uma nova perspectiva para tudo isso que estamos estudando.

O primeiro ponto, que gostaria de iniciar nesta análise, seria o fato de Deus saber de tudo. Em Jeremias 1:5, é-nos dito que antes que o profeta fosse criado, Deus já o conhecia. Talvez, daí vem a crença sobre a predestinação ou preexistencialismo. A predestinação é uma teoria dentro da teologia, elaborada pelo ilustre reformador João Calvino, que visa a criação de Deus como destino (uma programação) e que todos nós, antes mesmo de termos nascido, já fomos escolhidos ou para a salvação, ou para a perdição. Já o preexistencialismo prega a respeito de termos uma vida antes de nascermos no planeta Terra.

Com a história de Jeremias, pode-se perceber que a predestinação é antibíblica, porque, se assim fora, seria inútil Deus ter feito o chamado a Jeremias para convidar o “povo rebelde” a se voltar para Ele. Afinal, se a predestinação ilustra quem está salvo ou perdido antes da existência, é melhor não perdermos tempo pregando para um povo que não quer saber de Deus. O maior argumento contra esta teoria está registrado em 1 Co 9:27: “Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado.” Paulo teme em perder a salvação. E João escreve: “Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.” (Ap 3:11). Continuar lendo